Cartas Pônticas, livro de Ovídio

Cartas Pônticas

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No dia 20 de novembro do ano 8 de nossa era Ovídio recebe a sentença de seu exílio, onde sobrevive por quase uma década. A elegia desta fase prima pelo pranto, pela melancolia e pelas lamúrias mais patéticas. Assim são as Cartas pônticas, que apresentam ainda um aspecto inovador: a fusão bem definida dos subgêneros elegíaco e epistolar. O que as distingue, igualmente, é a presença constante de argumentos sempre atuais: a amizade, a filantropia, a solidariedade, a fidelidade, o direito de expressão, a imortalidade da arte, a função terapêutica da poesia, a sublimação do intelecto, entre outr... [Leia mais]
Descrição
No dia 20 de novembro do ano 8 de nossa era Ovídio recebe a sentença de seu exílio, onde sobrevive por quase uma década. A elegia desta fase prima pelo pranto, pela melancolia e pelas lamúrias mais patéticas. Assim são as Cartas pônticas, que apresentam ainda um aspecto inovador: a fusão bem definida dos subgêneros elegíaco e epistolar. O que as distingue, igualmente, é a presença constante de argumentos sempre atuais: a amizade, a filantropia, a solidariedade, a fidelidade, o direito de expressão, a imortalidade da arte, a função terapêutica da poesia, a sublimação do intelecto, entre outros. Tais epístolas harmonizam-se com os tempos modernos: suas mensagens se voltam às pessoas que, como o autor, se afligem com o isolamento, com a angústia e a depressão entre outros flagelos.

Sobre o autor

Ovídio nasceu em 43 a.C. em Sulmona. Em Roma, descobre jovem que sua vocação era a poesia e renuncia a uma carreira política. Publica Amores com apenas 25 anos, atingindo grande notoriedade. No período em que gozava de maior fama e quando trabalhava em suas obras mais importantes (Metamorfoses e Fastos), Ovídio foi condenado pelo imperador Augusto ao desterro (afastamento de Roma), de maneira imprevista e por motivos obscuros. Segundo a versão oficial, Amores instigaria o público feminino ao adultério, comportamento que Augusto havia censurado, mas há versões de que o imperador queria punir Ovídio por seu envolvimento em um escândalo no palácio. Ovídio se exilou em Tomi, na costa do mar Negro. Daí continuou a escrever, lamentando a inospitalidade do território e a ignorância de seus moradores. As tentativas de convencer os imperadores (primeiro Augusto e depois Tibério) a conceder-lhe a graça foram inúteis. Ovídio morreu em Tomi, no ano 17 ou 18 d.C., sem poder voltar à sua pátria.

Dados Técnicos
Peso: 270g
ISBN: 9788578270438