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Filosofia e história e vice-versa

21 janeiro, 2016 | Por Isabela Gaglianone

mapa da Inglaterra do século XVII

A História da Inglaterra, de David Hume, foi escrita em seis volumes, publicados originalmente entre 1754 e 1762. Considerando o estudo da história como momento privilegiado para iluminar a busca dos povos por sua liberdade e, por outro lado, acreditando não haver então na Inglaterra historiadores aptos a redigir a história daquela nação, pôs-se, o filósofo, a fazê-lo ele mesmo, com o intuito de se tornar o “primeiro grande historiador a escrever em língua inglesa”. Ele, naquele período, não contava com a notoriedade filosófica que consolidaria depois; foi justamente essa obra o grande êxito editorial que assegurou a fama e a segurança financeira.

Deste trabalho monumental, o filósofo Pedro Paulo Pimenta selecionou, organizou e traduziu textos capitais, capazes de oferecerem uma visão panorâmica sobre o desenvolvimento político e social da Inglaterra, além de fornecer valiosos elementos para a compreensão de seu pensamento moral e político. Este material selecionado permite, além do acompanhamento do processo de formação histórica da Inglaterra, a compreensão de como o contexto específico moldou os princípios naturais daquele povo, gerando costumes, manifestações científicas e artísticas e uma economia específicas.

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História filosófica

18 dezembro, 2014 | Por Isabela Gaglianone

“Se nem todo filósofo deve ser historiador, seria ao menos desejável que todo historiador se tornasse filósofo” – Edward Gibbon.

Afresco de Pompeia

Ensaios de história, de Edward Gibbon, acaba de ser publicado pela editora Iluminuras, sob a tradução cuidadosa de Pedro Paulo Pimenta. O livro reúne textos da juventude do historiador, conhecido sobretudo pelo estudo clássico Declínio e queda do Império Romano. Alguns dos ensaios reunidos no volume são “Ensaio sobre o futuro da história”, “Dos triunfos romanos”, “Situação da Germânia antes da invasão pelos bárbaros” e “Maneiras das nações pastoris”. Gibbon é exemplar representante de uma concepção e um método da história filosófica, como praticada por seus predecessores, Tácito, Montesquieu, Hume.

Pedro Pimenta, também responsável pelo texto de apresentação, pontua a relevância dos textos como complementos à edição condensada brasileira de Declínio e queda (cuja tradução, segundo ele, é “um clássico de José Paulo Paes”, mas exclui duas dissertações de interesse para essa tese geral, uma delas sobre os germânicos, a outra sobre os citas, ou hunos, ambas incluídas neste volume). Pimenta pontua: “O volume que o leitor tem em mãos traz pela primeira vez em língua portuguesa esse escrito de juventude, cujo caráter polêmico e estilo vigoroso caem bem a um jovem autor cheio de ambição e confiança”.

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